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domingo, 5 de dezembro de 2010

Passeio ao Jardim Florestal Jequitibá



JARDIM FLORESTAL JEQUITIBÁ

No dia 29 de outubro de 2010, alguns estudantes do 5º semestre do curso de Gastronomia da Universidade Estácio de Sá (FIB/Salvador), visitaram a propriedade denominada Sitio PÔR-DO-SOL, situado próximo ao povoado de Itiuba, município de Jaguaquara, onde se pratica a jardinagem florestal e por isto também chamado de Jardim Jequitibá. O proprietário Henrique Sousa, formado em Agronomia, foi entrevistado pelo grupo. Ele considera-se agricultor desde criança quando começou a trabalhar com os pais aos 5 anos de idade. Hoje aos 40 anos tem uma propriedade de 14 hectares produtivos, que antes eram pastos degradados pela erosão.

O projeto JARDIM FLORESTAL existe há 17 anos. Os produtos resultados do projeto são beneficiados na propriedade, a exemplo do açaí pasteurizado, polpas de cupuaçu e cacau, palmito em conserva, mel e banana-passa. A atividade culinária é constante no sítio, onde sua esposa Rose Sousa utiliza os produtos para alimentação de toda a família. Os preparos são feitos com criatividade, seguindo uma alimentação vegetariana com aproveitamento integral dos alimentos. O que não é utilizado serve de ração para as galinhas ou é remanejado de volta para biomassa. Não há resíduos agrícolas, nenhum tipo de fertilizante é utilizado, a não ser os próprios resíduos dos produtos da terra, como cascas, folhas e poda de árvores, que ele chama de biomassa.

Ele prefere vender os produtos beneficiados diretamente ao consumidor final ou pequenos restaurantes. Não possui ligação com cooperativa ou associação. Apoia projetos de saúde, educação e técnica agrícola para moradores locais e também a pessoas de fora da comunidade se for solicitado. Henrique e sua família, através de sua fé, orientam as pessoas para o caminho do bem e quando alguém visita sua propriedade oferecem um livro aos visitantes.

O volume produzido por hectare e relativo depende do tempo de produção da planta e do espaço plantado, pois as culturas rotativas. Trabalham permanentemente duas pessoas no sitio e temporários quando há necessidade. Os produtos que se encontram na propriedade são originários da Mata Atlantica e da região Amazonica e se adaptaram bem ao clima e solo da propriedade. A técnica utilizada se adapta em qualquer solo ou região climática, respeita e promove a biodiversidade, alem de tornar a terra anteriormente estéril em área produtiva.

A técnica de chamada de jardinagem florestal baseia-se em culturas diversas que respeitem os ciclos de vida da floresta. As culturas iniciais de curto prazo serão utilizadas como alimento para o produtor e seus resíduos (folhas e poda) servirão de nutrição para a terra e para as culturas posteriores (intermediarias e permanentes). Existem arvores nobres que serão preservadas e arvores menos nobres que servirão de adubo e alimento daquelas ou de plantações. As plantas podadas ou cortadas e jogadas sobre a terra irão nutrir e proteger o solo do ressecamento pelo sol, mantendo o solo úmido pela cobertura oferecida pelos galhos e folhagens.

Outro paradigma quebrado pela técnica e o do espaçamento entre as plantas, pois assim como na floresta as plantas vivem todas juntas. Quando finalmente o solo esta fortalecido, a terra esta fértil, novas plantações são iniciadas com ciclos de base como hortaliças para áreas ainda empobrecidas, mantendo juntas plantas bem diferentes, como mandioca, couve-flor, tomate, alface, rúcula. Após a produção e colheita destes vegetais, galhos e caules serão usados como biomassa (adubo), fertilizando a terra. Sementes de arvores plantadas junto com estas espécies estarão se desenvolvendo para o futuro reflorestamento.

Henrique observou ao longo do tempo que animais que já não habitavam o local, estão voltando procriando e semeando naturalmente quando comem e jogam as sementes na terra. Para ele a maior dificuldade do método empregado esta na falta de compreensão da sociedade por tratar-s de um novo paradigma de produção, que seria bastante útil para subsistência do pequeno produtor. Ele diz que qualquer pessoa pode fazer em um pequeno pedaço de terra o que ele faz com a sua. Este tipo de cultura não seria suficiente para abastecer o consumo das grandes cidades, mas não impede que a experiência seja feita em quintais urbanos.

Os benefícios para o uso desta técnica de cultivo são a qualidade do alimento obtido sem o uso de fertilizantes, a garantia da subsistência do produtor rural e de sua família, o lucro obtido a partir dos produtos beneficiados e a vida saudável voltada para a terra, o que vale também para o consumidor.

Relato elaborado por Eliana Gomes Peixoto, Joelia Simples, Alzira Tourinho, Marcio Luckesi, Flavia Baquerizo, Lisiane Tanajura, Gustavo Pires, Islaine Santa Rita, Joelma Teixeira como resultado da visita técnica feita a propriedade citada e revisado pela professora Joseni Franca Oliveira Lima

Receita - Filé Mignon do Chef


Equipe Alzira Tourinho, Adryana Ribeiro, Eliana Peixoto, Gustavo Pires, Joelia Simples, Marcio Luckesi

File Mignon do Chef

1,5 de file

50g de sal grosso

10g de salsa

10g de manjericão

10 g de hortelã

Azeite de oliva

Picar as ervas, misturar com o sal e temperar o file. Aquecer azeite da frigideira e coccionar o file, selando e dourando.

Purê de batata

1 kg de batata cozida

200 g de cenoura cozida

200g de tomate sem pele e sem sementes

200g de queijo minas frescal

50g de queijo parmesão ralado

15ml de azeite

Bater no liquidificador a cenoura cozida, os queijos, os tomates, a batata e o azeite. Rechear as batatas com o purê e levar ao fogo para gratinar

Ervilha torta

300g de ervilha

1 dente de alho

50g de manteiga

Limpar as ervilhas, branquear e refogar na manteiga com o alho cortado a brunoise.

Fotos do Passeio